sábado, 28 de janeiro de 2012

Há certas horas...

...em que não precisamos de um amor.
Não precisamos de paixão desmedida.
Não queremos beijo na boca e nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama.
Há certas horas em que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado, ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado, sem nada a dizer...
Há certas horas, quando sentimos que estamos a chorar, que desejamos uma presença amiga, a nos ouvir paciente, a brincar com a gente, a nos fazer sorrir...
Alguém que ria de nossas piadas sem graça, que ache as nossas tristezas as maiores do mundo, que nos teça de elogios sem fim....
E que, apesar de todas essas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade inquestionável.
Que nos mande calar a boca, ou nos evite de um gesto impensado; alguém que possa dizer: você está errado, mas eu estou ao seu lado.

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