Primeiro, pegamos um livro em alemão, neste caso um magnífico volume, com capa dura, publicado em Dortmund e que trata dos usos e costumes dos índios australianos Hotentotes (em alemão, “Hottentotten”).
Conta o livro que os cangurus (Beutelratten) são capturados e colocados em jaulas (Kotter), cobertas com uma tela (Lattengitter) para protegê-los das intempéries. Estas jaulas, em alemão, chamam-se jaulas cobertas com tela (Lattengitterkotter) e quando possuem em seu interior um canguru, chamamos ao conjunto de jaula coberta de tela com canguru (Lattengitterkotterbeutelratten).
Um dia, os Hotentotes prenderam um assassino (Attentäter), acusado de haver matado a uma mãe (Mutter) hotentote (Hottentottermutter), mãe de um garoto surdo e mudo (Stottertrottel). Esta mulher, em alemão, chama-se Hottentottenstottertrottelmutter e a seu assassino chamamos, facilmente, Hottentottenstottertrottelmutterattentäter. Os índios o capturaram e, sem ter onde colocá-lo, puseram-no numa jaula de canguru (Beutelrattenlattengitterkotter). Mas, acidentalmente, o preso escapou. Após iniciarem uma busca, rapidamente vem um guerreiro Hotentote gritando:
- Capturamos um assassino (Attentäter).
- Qual? – pergunta o chefe indígena.
- O Lattengitterkotterbeutelrattenattentäter! – comenta o guerreiro.
- Como? O assassino que estava na jaula de cangurus coberta de tela? – diz o chefe dos Hotentotes.
- Sim. – responde a duras penas o indígena. O Hottentottenstottertrottelmutterattentäter (assassino da mãe do garoto que era surdo e mudo).
- Droga! – diz o chefe – você poderia ter dito desde o início que havia capturado o Hottentotterstottertrottelmutterlattengitterkotterbeutelrattenattentäter (assassino da mãe do garoto surdo e mudo que estava na jaula de cangurus coberta de tela).
E assim, através deste exemplo, podemos ver que o alemão é facílimo e simplifica muito as coisas. Basta um pouco de interesse.
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